sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

"VoyAager" dos Aa em 140 caracteres


Banda sonora perfeita para incorporar a filosofia do extinto Festival Terapêutico do Ruído ou a 1ª parte de um concerto dos PAUS.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"The Age of Fracture" dos Cymbals em 140 caracteres


Os Metronomy que se cuidem, os Cymbals também estão na corrida para o álbum mais recreativo de 2014.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"Have Fun With God" de Bill Callahan em 140 caracteres


Interessante abordagem que injecta dub jamaicano às canções do aclamado Dream River.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

"Too True" das Dum Dum Girls em 140 caracteres


As canções das Dum Dum Girls são banais, à excepção de duas ou três por álbum com refrães interessantes.



"Held in Splendor" dos Quilt em 140 caracteres


Belo segundo disco que espreme a etiqueta psicadélica até não dar mais. Dá um bom sumo, apesar de haver melhor.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Marissa Nadler - July


Das duas uma: ou o "July" que está no título do sexto álbum de Marissa Nadler se refere ao mês da ruptura amorosa que parece assombrar todo o disco, ou é um título irónico, tal é o negrume que o assombra. Ficamos com um misto das duas opções. Por mais que Julho tenha sido o mês mais difícil do 2013 (?) de Marissa, há uma ironia implícita na decisão de baptizar um disco sombrio com o título de um dos meses mais solarengos do ano. Basta olhar para a capa, a preto e branco. 

A música é esquelética, A carga dramática pelo que percorre todo o álbum é toda construída pela voz e pela produção de um produtor habituado nessa arte de criar ambientes carregados, Randall Dunn - trabalhou com  Sunn O))) e Boris, por exemplo. É  álbum catarse de Marissa que aproveita o disco para expurgar os seus demónios e elaborar uma confissão. Até porque a dor em Fevereiro, pode ser a mesma de Julho do ano anterior.

Melhores álbuns de 2013: 20º - Darkside - Psychic


A prova que Nicolas Jaar é um dos mais versáteis e talentosos músicos do nosso tempo.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

"Too Much Information" dos Maximo Park em 140 caracteres


Uma das bandas charneira do revivalismo pós-punk regressa com um som diferente e zzzZZZzzz






segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"Innocence" dos Pontiak em 140 caracteres


Em Innocence, encontramos uns Pontiak perdidos entre baldas inconsequentes e malhas rock n' roll facilmente esquecíveis.



domingo, 16 de fevereiro de 2014

[Documentário] Ruth Slinger - Last Call


Da rave dos finais dos anos 80/inícios dos 90 e do slogan "we are part of the thing" ao jungle, drum n' bass e dubstep. A cena nova iorquina dos anos 90, "a última década", a década que só terminou em 2001, com o ataque terrorista às Torres. Um muito recomendável documentário da brasileira Ruth Slinger (irmão do DJ e prudutor nova iorquino Soul Slinger, fundador da Liquid Sky) na mais cosmopolita cidade do mundo. Chama-se Last Call e está todo no You Tube: 

Step Brothers - Lord Steppington


Lord Steppington é um objecto raro: Alchemist e Evidence, os Step Brothers, adiaram a sua edição em oito meses para que esta fosse especial. A capa é de veludo, sendo o lettering de ouro. Não, o duo não vive em negação, tem a perfeita noção de que este é um tipo de edição em vias de extinção. São do tempo do CD e das edições pomposas e quiseram dar algo de especial aos fãs. Não vá isto da edição física desaparecer mesmo. 

Conheceram-se numa roulotte em que ambos trabalharam e vendiam sandes (Alchemist trocou-as pelos samples, é quase a mesma coisa) e vão colaborando juntos desde The Plafform, álbum de estreia dos Dilated Peoples. Lord Steppington é então resultado de vários anos de colaborações e afinidades. Não é coisa para abanar os alicerces nem parece ser essa a intenção do duo. Faz-se valer das principais armas de cada um dos envolvidos - Evidence assume grande parte das rimas e Alchemist produz 13 das 14 canções. Pelo meio, várias valorosas participações: Domo Genesis, Styles P, Action Bronson, Roc Marsiano, Fashawn, Rakaa & Blu e Oh No. 

Numa série de entrevistas, os Step Brothers confirmaram que o "álbum foi muito inspirado pela cultura britânica, pelo que há montes de chá, scones e episódios de Benny Hill". Alchemist confessou ainda que se sentiu inspirado pela forma como o sotaque britânico permite que o mais terrível dos insultos transmita classe. Um pouco à imagem de tudo aquilo que fazem.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

"Angel Guts" dos Xiu Xiu em 140 caracteres


Xiu Xiu são J. Stewart, são a forma como a cara do grupo canta: nervoso, desesperado, de coração na boca tentando sabotar uma audição leve.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"Come to Life" de Cities Aviv em 140 caracteres


Beats chunga fazem a confortável cama em que o caos via Death Grips se instala.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

domingo, 9 de fevereiro de 2014

"Rooms With Walls And Windows" de Julie Byrne em 140 caracteres


Julie Byrne expõe-se pele e osso nesta estreia que bebe directamente do catálogo de Nick Drake e Cat Power.


"The Unnatural World" dos Have a Nice Life em 140 caracteres


Shoegaze industrial, a virilidade dos Nine Inch Nails, o nervo dos Joy Division, os falsetes harmónicos dos TV on the Radio.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

I Break Horses - Chiaroscuro


Muito sucintamente, a história diz-nos que há formas de um músico mudar de som. Ou o faz de forma subtil, mas com resultados que se revelam impactantes no produto final como os Arctic Monkeys quando passaram do segundo para o terceiro álbum, ou muda radicalmente de som, estilo, roupa, tudo, como os Horrors do primeiro para o segundo disco. Isto, apenas para citar dois exemplos recentes. Os I Brake Horses optaram pela primeira hipótese, a menos radical. Do shoegaze pouco consequente do primeiro álbum, Hearts, passaram para um som mais dançável e gélido, mais nórdico. O que antes era adereço, agora passou a ser a base que suporta o todo: os sintetizadores. 

Com Chiaroscuro (termo italiano que significa algo como "luz-sombra") têm sido muito comparados aos conterrâneos Knife, talvez por também serem um do menino-menina. Não faz sentido, os I Break Horses não estão interessados em quebrar barreiras ou explorar novas linguagens. Não querem chocar nem provocar. A música que aqui ouvimos não é tanto para ser pensada, mas sim sentida. E se há coisa que não falta em Chiaroscuro são as emoções que, como o título indica, andam entre a luz e a escuridão. De resto, é ouvir "Denial" e perceber porque é que a banda sonora de Drive se tornou numa das coisas mais influentes dos últimos anos.








sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Melhores álbuns de 2013: 21º - Shlohmo - Laid Out EP


Todos os anos, desde 2009, recebemos um novo EP de Shlohmo. O deste ano arranca com "Don't Say No", faixa que tem How to Dress Well ao volante. É a única que conta com uma colaboração vocal. E é aí que entra a grande particularidade do produtor: a capacidade de criar beats que imitam sons vocais. Impossível ignorar.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

"Morgan Delt" dos Morgan Delt em 140 caracteres


O psicadelismo sessentista dos Velvet Underground a servir a banda sonora para um western gravado por baixo do sol da Califórnia.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

"Shy Boys" dos Shy Boys em 140 caracteres


Estreia ingénua de dois putos que pegaram nas guitarras e desataram a fazer música frágil e pouco excitante com os anos 60 no horizonte.

 

"Drowners" dos Drowners em 140 caracteres

Para além de soar a ripoff dos primeiros dois álbuns dos Strokes, esta estreia não tem uma canção que chegue aos calcanhares de Is This It?



sábado, 1 de fevereiro de 2014

"Fuck Off Get Free We Pour Light On Everything" dos Thee Silver Mt. Zion Memorial Orchestra em 140 caracteres


Para fãs do rock mais experimental e de canções de mais de 10 minutos da outra banda de 3 elementos dos Godspeed You! Black Emperor.

 

Warpaint - Warpaint


Faz dez anos no próximo dia 14 de Fevereiro (sim, isso) que as californianas Warpaint se juntaram para gravar o primeiro EP que contaria com a colaboração de John Frusciante e só seria editado três anos depois. O álbum de estreia só chegou três anos mais tarde (as listas de melhores do ano não as esqueceram) e este homónimo chega agora, quatro anos depois. As Warpaint são calculistas, levam tempo a gravar e a chutar cá para fora. Não se querem expor até porque a capacidade de camuflar as suas fraquezas é uma das suas maiores forças. 

Este foi escrito e gravado em Joshua Tree, com Mark Ellis (sim, U2) e Nigel Godrich (Radiohead). A banda de Thom Yorke é precisamente uma das referências aqui identificadas - logo a abrir, a "Intro" de bateria sincompada à In Bloom faz a cama para a entrada da segunda canção, "Keep it Healthy". Mas os grandes trunfos estão nas surpresas: nas influências dançáveis ("Disco/Very") e nos beats roubados do hip hop ("Hi"), por exemplo.

De resto, para um álbum que arranca com uma falha prontamente assumida e corrigida, este é um disco demasiado complexo e cerebral, o que o torna bastante mecânico. Em Warpaint, o todo não enche as medidas, mas uma audição de atenta (recomendam-se os phones) pode ser bastante compensadora.