segunda-feira, 23 de julho de 2018

[Fundo de Catálogo] The Byrds - Sweetheart Rodeo (1968)


A ideia inicial seria de Roger McGuinn e consistia em criar um disco duplo que retratasse fonograficamente a história da música popular americana, do bluegrass aos blues, passando pelo jazz, o rock, o western, o r&b e até uma embrionária música electrónica, ou seja, sintetizadores moog. Mas com tanta cabeçada, os Byrds resumiam-se a McGuinn e Chris Hillman que, sozinhos, não conseguiam dar conta do recado. Reforçam-se com Kevin Kelley e, principalmente, com Gram Parsons, jovem de 21 anos apaixonado pelo country e cuja influência levou McGuirin a mudar de direcção. Literalmente: para estúdios em Nashville. Numa altura em que Dylan já tinha regressado às raízes folk com John Wesley Harding, também os Byrds, eternos seguidores de Dylan, apontam no sentido ao oposto ao da modernidade psicadélica e/ou do rock progressivo. Apesar do adeus às Rickenbackers de 12 cordas, o som, como em tudo o que os Byrds fizeram, e apesar da inconstância na membrazia da banda, soa personalizado. À imagem de alguns dos mais importantes discos de sempre, é um fracasso na altura em que é editado, mas torna-se num dos mais influentes de sempre. E finalmente os Byrds chegam a algum lado antes de Dylan, ele que só editaria Nashville Skyline em 1969.