Não vos vamos atirar à cara que nos fartámos daquilo que a música anglo-saxónica nos dá todos os dias e que já é tanto. Não, não o vamos fazer nem vamos negligenciar essa canção que nos continua a entusiasmar. Mas queremos mais. Queremos viajar pela Europa. Pela América. Pela Ásia. Por África. Pelo mundo. Comecemos pela Albânia.
Escrever sobre a Albânia - também conhecida por Terra das Águias - é escrever sobre mais de 400 anos de Império Otomano e de mais de 40 sob a liderança do regime Estalinista de Enver Hoxha que afastaram o país do resto do Mundo. Com a morte de Hoxha em 1985 e a queda do comunismo soviético, a Albânia passa, a partir de 1989, por várias mudanças drásticas. Os albaneses podem finalmente deixar o país e abraçar (com atraso) as evoluções e revoluções vindas de fora.
Ainda assim - e apesar da distância da Albânia para com o resto do mundo durante os anos Hoxha - grupos albaneses reproduziram para dentro ecos do que pouco que ouviam vindo de lá de fora. É o caso dos Gjurmet, malta que se deixou levar pela new wave no início do anos 80. O quinteto durou seis anos. Na verdade, o percurso
dos Gjurmet soa inglório - Nos primeiros três anos não editaram, no
quarto gravaram, no quinto editaram e ao sexto ano acabaram. Para a
posteridade fica o álbum homónimo, longo, de 21 canções, que vai dos
Talking Heads à folk local.
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