sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela e a Música


A música pop terá amado mais Mandela do que o contrário. Ao longo de vários anos, os apelos e homenagens multiplicaram-se, entre Londres e a África do Sul. "Estas são as minhas heroínas e este é um dos melhores dias da minha vida", terá brincado quando assistiu à actuação das Spice Girls na digressão que passou pelo país. 

É só nos anos 80, quando transferido para a Prisão Pollsmoor que a música pop começa a colocar na prática o discurso teórico que apelava à sua libertação. "Nelson Mandela", também conhecida por "Free Nelson Mandela", é editada em 1984, quando este já conta com 21 longos anos de prisão. Foi escrita por Jerry Dammers e gravada pelos Special A.K.A.



Um ano depois, os Artists United Against Apartheid, ou seja, Steven Van Zandt (guitarrista da E Street Band) e um infindável número de músicos (Bruce Springsteen, Miles Davis, Bob Dylan, Lou Reed, Run DMC, entre muitos outros), gravam "Sun City" muito ao estilo do célebre "We are the world".



1980 marca a gravação de "Gimme Hope Jo'anna" de Eddy Grant, hino anti-apartheid.



Em 1988, Wembley recebe o Free Nelson Mandela Concert, evento que conta com a presença de Sting, George Michael, Eurythmics, Al Green, Bee Gees, UB40, Stevie Wonder, Salt N Pepa, Whitney Houstoun e Peter Gabriel.

Depois da sua libertação, a música não deixa de o homenagear. Johnny Clegg referiu-se a "Asimbonanga" como uma homenagem a "um maiores sul africanos".



O concerto que celebrou o seu 90º aniversário junta Will Smith, Amy Winehouse, Josh Groban, Queen e Paul Rodgers e Johnny Clegg, no Hyde Park, em Londres.

No que diz respeito a músicos sul africanos, 1987 marca a gravação de "Bring Him Back Home", de Hugh Masekela. Vusi Mahlasela, um dos maiores opositores do Apartheid, gravou "When You Come Back", em 1992. No mesmo ano, Lucky Dube, homem do reggae, deu-nos "House of Exile". Brenda Fassie, a rainha da pop africana, dedicou-lhe a canção "Black President".

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