sábado, 8 de fevereiro de 2014

I Break Horses - Chiaroscuro


Muito sucintamente, a história diz-nos que há formas de um músico mudar de som. Ou o faz de forma subtil, mas com resultados que se revelam impactantes no produto final como os Arctic Monkeys quando passaram do segundo para o terceiro álbum, ou muda radicalmente de som, estilo, roupa, tudo, como os Horrors do primeiro para o segundo disco. Isto, apenas para citar dois exemplos recentes. Os I Brake Horses optaram pela primeira hipótese, a menos radical. Do shoegaze pouco consequente do primeiro álbum, Hearts, passaram para um som mais dançável e gélido, mais nórdico. O que antes era adereço, agora passou a ser a base que suporta o todo: os sintetizadores. 

Com Chiaroscuro (termo italiano que significa algo como "luz-sombra") têm sido muito comparados aos conterrâneos Knife, talvez por também serem um do menino-menina. Não faz sentido, os I Break Horses não estão interessados em quebrar barreiras ou explorar novas linguagens. Não querem chocar nem provocar. A música que aqui ouvimos não é tanto para ser pensada, mas sim sentida. E se há coisa que não falta em Chiaroscuro são as emoções que, como o título indica, andam entre a luz e a escuridão. De resto, é ouvir "Denial" e perceber porque é que a banda sonora de Drive se tornou numa das coisas mais influentes dos últimos anos.








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