quarta-feira, 9 de novembro de 2016

[Fundo de Catálogo] Simon & Garfunkel - Parsley, Sage, Rosemary and Thyme (1966)


Despachemos a incoerência: o terceiro disco de Simon & Garfunkel sai apenas nove meses depois de Sound of Silence, disco apressado, mas editado uns 18 longos meses depois da estreia Wednesday Morning, 3 A.M. À imagem de Pet Sounds, este Parsley, Sage, Rosemary and Thyme custou uma fortuna em 66, ano pouco habituado a estes valores: 30 mil dólares, 219,169 dólares na conversão para 2016. E, tal como Beach Boys e Beatles, o duo tinha controlo total naquilo que se fazia em estúdio. A inclusão de instrumentos como o harpsichord e bongo permitem estabelecer mais um paralelo com os clássicos que vinham da Califórnia e de Liverpool.

Um ano depois da visita a Inglaterra, Simon continua fascinado. É o título do disco, é a faixa de abertura, são as canções ressuscitadas de The Paul Simon Songbook, disco declaradamente inspirado por terras de Sua Majestade. E há curiosidades como "The Big Bright Green Pleasure Machine", uma crítica à publicidade televisiva, "A Simple Desultory Philippic", uma paródia a Bob Dylan, a assumida grande inspiração de Simon, e "7 'O Clock News/Silent Night", magnífica sátira que é uma síntese de 1966 em que a canção de natal é acompanhada de Charlie O'Donnell, apresentador de notícias que dá conta da overdose do comediante Lenny Bruce, o Chicago Freedom Movement liderado por Martin Luther King e protestos anti-Vietname. 

Muito provavelmente, a obra maior do duo. 

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