Foi desde pequeno que Beefheart captou a atenção da família e o encorajamento necessário para desenvolver os seus talentos. É também em miúdo que conhece Frank Zappa que haveria de se tornar a sua grande influência, sendo que aqui neste Safe as Milk essa influência manifesta-se na forma como parodiou tudo o que o rodeava.
Há algum tempo que Beefheart gravava covers r&b para a A&M, a editora habitual que acabou por chumbá-lo desta vez. Uns disseram que as canções eram demasiado depressivas, outros eram mais específicos, como Jerry Moss, executivo da editora terá referido que o conteúdo de "Electricity", por exemplo, seria demasiado sugestiva para os ouvidos da sua filha. Tivesse-lhe mostrado "I'm Glad", eventual paródia a uma canção dos Miracles, e pode ser que...
O disco, fortemente influenciado pelos blues, mas também pela soul, influências western e outras de Phil Spector aqui e Kinks ali, acabou por ser editado pela Buddah Records e, alegadamente, adorado por John Lennon. Pode Safe as Milk ser levado demasiado a sério? Claro que não, mas reconhecemos aqui algum material que haveria de influenciar gente menos óbvia, como John Frusciante, e outra mais evidente como Mike Patton.
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