Regressamos a Goodbye
and Hello e apercebemo-nos da impressionante quantidade de afirmações do
género "o filho é melhor que o pai" e vice-versa, com argumentos que
fazem lembrar aquelas discussões que temos no tempo do básico sobre jogadores
da bola e que acabam, invariavelmente, num "são jogadores diferentes, não
dá para comparar", e acabou a conversa. Ambos tinham dom vocal, ambos
morreram cedo e ambos deixaram um legado incontornável. A partir daí, qualquer
termo de comparação torna-se discutível.
Goodbye and Hello surge depois de
Buckley deixar escolha, mulher e bandas para trás e depois também da edição de Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band,
álbum que sai no dia 1 de Junho de 1967 para contaminar todo o segundo
semestre. A folk de Buckley passa a incluir, em alguns casos, nomeadamente nas
duas primeiras canções, sons que contextualizam o tema das canções que são
sobre guerra, drogas e solidão na sua maioria, todas poéticas, mas com um nível
de risco e exploração quem nem Donovan, nem Dylan, ele que estava a recuperar
de um acidente de mota e não daria notícias durante o que restou do ano civil,
teriam alcançado na altura. Ouvimos fantasmas muito ocasionais de John Fahey e notamos a preciosa ajuda de Larry Beckett, aspirante a
poeta e escritor de canções que mais recentemente se tornou num crítico
literário, ele que colaborou em seis canções, deixando a sua marca nalgum do
melhor material de Tim Buckley.
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